Tuesday, October 21, 2008

A primeira Meia Maratona a gente nunca esquece!!!!!

Domingo passado, pelo 14 ano consecuctivo, aconteceu aqui em Toronto a famosa Goodlife Fitness Toronto Marathon. Saindo do Mel Lastman Square o percurso só terminou em Downtown, no cruzamento da Univerity com a Queenspark. Foi a primeira maratona que o Fê particiou, e foi super bem: 21 km em 2 horas e 7 minutos!

Parabéns Fê!!!!!!! Você é o nosso orgulho!!!!!!

Apesar do sol brilhando, e do dia estar lindo, o frio apareceu e a temperatura caiu para 1 grau, o que definitivamente não atrapalhou nossos atletas. Muita gente correu de regata e shorts, outros, mais preocupados, correram de calça e blusa de manga comprida, e outros, como o Fê, correram de bermuda e moletom. No final da prova vimos um monte de gente com uma espécie de casaco de papel alumínio. Estava engraçado, mas deve esquentar.

Durante a largada também vimos um monte de gente simplesmente jogando seus casacos no meio da rua. Imagino que depois estas pessoas encontrem suas roupas no achados e perdidos, mas de qualquer jeito achei estranho.....

Hoje, dois dias depois da Marathona, o tempo mudou completamente! E pela primeira vez em três anos aqui no Canada, estamos vendo neve em Outubro! Não pára de nevar, como se hoje já fosse Dezembro. Este ano o esqui promete!



Friday, October 10, 2008

Lucas: Two Months to Go!!!!!

Desde que descobri que estava grávida o que mais tenho escutado é: aproveita, porque passa rápido. No começo eu até achava que não, afinal, descobri com quase dois meses e ainda faltavam sete pela frente. E quando se falava em semanas então, eu estava com 7 sendo o total 40. Mas não é que as pessoas tinham razão e que realmente passou rápido? Estou com 32 semanas agora e em menos de dois meses o Lucas estará aqui com a gente.

Queria aproveitar o blog para contar um pouco a minha experiência com o sistema de saúde daqui até agora durante a gravidez. Para acalmar os mais alarmados (como eu), estou bastante contente com o tratamento recebedido.

Descobri que estava grávida no dia em que embarquei ao Brasil. No mesmo dia pela manhã eu fiz exame de urina, destes disponíveis nas farmácias e o resultado foi positivo. Como eu realmente não estava pensando que estava grávida, achei que o resultado estivesse errado, e repeti o exame mais duas vezes usando diferentes marcas. Os três resultados foram positivos mas eu não me convenci e chegando ao Brasil fiz o exame de sangue em um laboratório. Poucos dias depois a "surpresa": positivo!

Aproveitei que estava em SP e procurei a minha ginecologista, pois confio nela, e não sabia como as coisas seriam aqui. Fiz todos os exames pré-natais, incluindo um ultrasom, e aproveitei para tirar algumas dúvidas. De São Paulo mesmo liguei para a minha médica aqui e marquei uma consulta para o mesmo dia em que voltaria a Toronto, dali a três semanas.

Chegando aqui levei o ultrasom para a minha family doctor, que o aceitou mesmo estando em Português. Em seguida ela pediu um monte de exames (os mesmos que eu tinha feito no Brasi, até mais) e disse que qualquer problema ela ligava, mas que se não eu deveria voltar no mês seguinte.

Voltei no mês seguinte e ela me explicou que eu poderia escolher entre duas alternativas: a primeira seria ser indicada imediatamente para um obstetra, que me acompanharia até o final da gravidez. A segunda seria continuar com ela até a semana 30 e depois ser acompanhada por um obstetra. Neste caso o obstetra poderia ser um médico que trabalha no mesmo consultório dela ou outro médico se eu preferisse uma médica mulher. Escolhi continuar com ela e ser acompanhada por uma obstetra (mulher) no terceiro trimestre.

Durante todo este tempo foi tudo ótimo. Toda vez que tinha consulta fazia exame de urina, checava a pressão, escutava o batimento cardíaco do Lucas, etc... Claro que estamos no Canada, e as consultas aqui são rápidas. Como eu sou um pouco desconfiada, sempre confirmava com a minha cunhada (que mora aqui e é obstetra) se os procedimentos da family doctor eram corretos. E ela sempre confirmava.

Só tive uma reclamação: quando fiz o ultrasom de 18 semanas, fiz em um clinica diferente do primeiro (com 12 semanas), e o resultado simplesmente não foi entregue à médica. Como aqui os resultados sempre seguem direto para ela, eu não tinha como saber, e só descobri quando fui na consulta do mês seguinte. Ela ligou na mesma hora para o lab na hora e assim que recebeu o resultado, poucos minutos depois, me disse que não estava satisfeita com o que lhe mandaram, e que eu teria que fazer o ultrasom de novo. Mesmo ela dizendo que não teria problema fazer um pouco depois do previsto (a data ideal deste ultrasom é entre 18 e 20 semanas) eu fiquei apavorada, porque justamente neste exame são checados todos os orgãos do bebê. Mais uma vez minha cunhada me acalmou. No final fiz de novo o ultrasom, na mesma clínica que fiz o primeiro, e o resultado foi que estava tudo bem.

Enfim, cheguei na semana 30: hora de mudar para a obstetra (antes disso quando eu estava com 20 e poucas ela me ligou marcando uma consulta para nos conhecermos). Fui pensando ser uma consulta de rotina, mas saí de lá direto para o hospital, pois minha pressão estava alta, eu me queixei de azia, dores de cabeça e ainda por cima visão embassada! Ou seja, poderia estar com pré-eclampsia! Sorte que o Fernando estava junto e foi comigo.

Seguindo orientações da médica, fui direto para o assessment room, onde fui super bem recebida e as enfermeiras me aguardavam (a médica tinha ligado). Me colocaram em uma cama e deixaram algum tempo escutando os batimentos cardíacos do Lucas. Um pouco depois a minha médica apareceu e disse eu só poderia ir embora depois que so resultados dos exames voltassem (dali uma hora e meia). Como ela é meio alarmista, me contou que eu poderia sair de lá e ir para casa (no melhor dos cenários) ou ter um parto prematuro, o que ela não queria, porque estava com apenas 30 semanas. De qualquer jeito como minha pressão estava alta eu teria que fazer repouso até o final da gravidez, e deveria parar de trabalhar imediatamente. Depois de quase duas horas fui liberada para casa, com a condição de voltar no consultório no dia seguinte.

No dia seguinte voltei ao consultório e de lá para o hospital de novo. Desta vez o motivo foi que ela encontrou proteína na minha urina e achou que poderia ser a pressã alta atrapalhando o funcionamento dos rins. Muitos exames depois fui liberada e mais uma vez lembrada que deveria repousar e que deveria voltar no consultório no dia seguinte. Voltei no dia seguinte e ufa, não fui parar no hospital!

Passado o susto estamos bem. Daqui até o final da gravidez, que agora é considerada alto risco, vou à médica e faço ultrasom no hospital (North York General Hospital) toda semana. O ultrasom é rápido e é uma segurança para verificar se o Lucas está crescendo e se desenvolvendo bem. Como aqui eles fazem poucos ultrasons, estou achando bom! Claro que depois de ter feito o ultrasom 3D (este não é coberto pelo governo, mas nós optamos por fazê-lo) o regular perde um pouco a graça. Mas é sempre bom ver a carinha do nosso pequeno e saber que ele está bem:

Escrevo mais quando tiver mais novidades!

Saturday, October 04, 2008

3 anos de Canada

O tempo passou tão rapido e com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo acabamos nem percebendo que dia 13 de agosto completamos 3 anos de Canada. Certamente, é uma data muito importante, quase tudo mudou para melhor. Quase tudo porque a saudade é um sentimento do dia-a-dia, com o qual aprendemos a conviver, mas não a ignorar. E ela não desaparece, apenas aprendemos a lidar com ela. Claro que nossos pais e família vem nos visitar, mas uma vez por ano ainda é pouco.....

Fazendo um balanço desses três ano podemos dizer que a experiência está sendo bem positiva. E enquanto for positiva não pensamos em voltar para o Brasil. Com certeza a principal razão de estarmos aqui com certeza continua sendo segurança e qualidade de vida (também não podemos esquecer os motivos que já mencionamos em posts anteiores:
2 anos, 1 ano). Acho que a nossa única mudança em relação ao que achávamos ruim e agora estamos achando melhor foi o sistema de saúde. Vou falar mais sobre isso no nosso próximo post, sobre a minha gravidez.

Este terceiro ano foi um ano cheio de novidades: mudamos para uma casa nova, "ficamos grávidos" e mudei de emprego. Ainda este ano o nosso pequeno Lucas vai nascer e tenho certeza que nossas vidas vão mudar mais ainda, com uma criança em casa. Também será diferente para mim, que terei um ano de licença maternidade para curtir nosso filhote.

Ano que vem estaremos aptos a requerer nossa cidadania canadense. Depois de 3 anos no país (descontando o tempo que se passou fora do Canada e também no nosso caso o tempo que só tinhamos a work permit), pode-se solicitar a cidadania canadense. A vantagem disso é que não há tanta burocracia pra entrar nos EUA. E claro, vale pelo resto da vida.

Para aqueles que desejam morar no Canada podemos dizer que esta é uma mudança enorme em nossas vidas. É preciso de fôlego e muita coragem. Mas quem consegue superar os obstáculos iniciais (saudades da família e emprego) em geral não quer sair daqui tão cedo.

Que venham mais 3 e mais 3 e mais 300 anos como esse pra comemorar!